Terremoto mata mais de 1.000 pessoas no Afeganistão
De magnitude 5,9, segundo Serviço Geológico dos Estados Unidos, tremor sacudiu uma área montanhosa e remota no leste do país, perto da fronteira com o Paquistão, o que explica número alto de vítimas. Sismo foi sentido na capital Cabul. Governo fala de risco de desastre humanitário
Um terremoto de magnitude 5,9 matou mais de 1.000 pessoas no leste do Afeganistão nesta quarta-feira (22), segundo autoridades locais. Ao menos outras 1.500 pessoas ficaram feridas.
O USGS, que monitora tremores em todo o mundo em tempo real, registrou magnitude 5,9. Já o Departamento Meteorológico do vizinho Paquistão afirmou que o tremor atingiu magnitude 6,1. Em ambos os casos, a magnitude não é considerada muito alta, e o que explica o grande número de mortos é a região onde o tremor ocorreu, uma área extremamente montanhosa e com muitas aldeias em condições precárias.
Também por isso, houve um salto no número de mortos entre o primeiro balanço, quando se falava de 280 mortos, e no segundo, quando as autoridades já registravam 920 vítimas fatais. No terceiro, a contagem já passava de mil, e as autoridades dizem que ainda há muitos vilarejos onde as forças de resgate ainda não conseguiram chegar.
O governo do Afeganistão já fala em risco de desastre humanitário. O desastre ocorre em um momento em que o Afeganistão enfrenta uma grave crise econômica, desde que o Talibã assumiu o poder em agosto do ano passado quando as forças internacionais lideradas pelos EUA estavam se retirando após duas décadas de guerra.
Imagens da mídia afegã mostraram casas reduzidas a escombros e corpos cobertos por cobertores no chão.
A maioria das mortes confirmadas ocorreu na província afegã oriental de Paktika, onde 255 pessoas foram mortas e mais de 200 ficaram feridas, disse Salahuddin Ayubi, funcionário do Ministério do Interior.
Na província de Khost, 25 pessoas morreram e 90 foram levadas ao hospital.
As autoridades lançaram uma operação de resgate e helicópteros estão sendo usados para alcançar os feridos e levar suprimentos médicos e alimentos.
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