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Câmara de SP aprova dar nome de Rita Lee ao Parque Ibirapuera

Com G1

Foto: Epitácio Pessoa/Acervo Estadão Conteúdo


A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (10), em primeira votação, o projeto de lei que prevê dar o nome de Rita Lee ao Parque Ibirapuera, na Zona Sul da capital paulista.


O PL foi proposto no ano passado, logo após a morte da cantora. A rainha do rock morreu no dia 8 de maio de 2023, aos 75 anos.


O Parque Ibirapuera é um equipamento de lazer municipal, que teve a operação concedida à iniciativa privada em 2022. Desde então, é administrado pela Urbia.


Planetário

Uma das maiores cantoras e compositoras da história da música brasileira, Rita nasceu e cresceu na Vila Mariana, bairro vizinho ao Ibirapuera. Em sua autobiografia, ela narra a relação afetiva que tinha com o parque.


Por conta desse vínculo, o corpo da artista foi velado no Planetário do Ibirapuera e não no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde usualmente acontecem velórios de artistas.


No livro "Rita Lee — uma autobiografia", publicado em 2016, o capítulo "Mutatis Mutandis" conta que a rainha do Rock ia toda semana ao planetário. Era seu "must semanal", e a visita que era sucedida por uma banana-split numa lanchonete vizinha.


'Floresta encantada'

A área em que atualmente fica o Parque Ibirapuera foi descrita pela cantora como sendo a "Floresta Encantada", o lugar ideal para montar um pequeno acampamento e realizar piqueniques aos domingos.


Segundo Rita, as visitas ao local eram realizadas em um grupo — seis mulheres. Cada uma escolhia uma árvore ou planta para cuidar, retirando folhas secas e ervas daninha. Elas também plantavam pés de frutas, verduras e legumes nas redondezas do parque.


Ao relembrar a inauguração do parque, em comemoração aos 400 anos da capital paulista, Rita menciona que "o sonho acabou" — suas pequenas hortas foram destruídas, e a floresta deu lugar ao asfalto, cimento e "construções de gosto duvidoso".


O pai da cantora teria desaprovado a intervenção no espaço e se recusado a comparecer à festa de inauguração.


Ainda assim, o Ibirapuera seguiu como um local marcante na vida de Rita, sendo mencionado diversas vezes aos longo dos capítulos do livro.

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