
Mais uma viagem exitosa da Associação de Aposentados e Pensionistas de Presidente Venceslau sob a coordenação da competente Cássia, nossa presidente.
O planejamento previa uma viagem de 13 a 19 de outubro. Destino: Minas Gerais, mais especificamente Poços de Caldas e Capitólio. Nosso ônibus trouxe pessoas de Bataguassu e Presidente Epitácio, a quem o pessoal de Presidente Venceslau se juntou e em seguida passamos em Presidente Prudente onde também havia pessoas que viajariam conosco. Houve um pequeno atraso na saída do ônibus, mas, nada que nos tirasse a animação. Mais de quarenta pessoas, três casais e a maioria mulheres.
A viagem de ida transcorreu sem nenhum problema. Chegamos a Poços de Caldas e nos encaminhamos para o restaurante onde teríamos nosso café da manhã. Então conhecemos Gislaine, a guia que nos acompanharia durante os dias em que estivéssemos em Poços. Morena, traços delicados e com a animação típica dos guias turísticos. As histórias dos lugares que iríamos conhecer eram entremeadas por comentários cômicos sobre o comportamento e linguajar dos mineiros. Natural de Capitólio. Disse ter se mudado para Poços para que sua filha, adolescente, fizesse um tratamento com as águas medicinais, paralelamente ao tratamento tradicional. Um problema de saúde sério. Conhecemos no primeiro dia: a Igreja Matriz na praça central; as fontes de águas sulforosas em plena praça, com seu cheiro característico, sua hidratação perceptível e ficamos impressionados com as qualidades apregoadas pela guia, explicando que eram devidas ao fato de a cidade estar situada na cratera de um vulcão extinto. Conhecemos ainda um parque bastante arborizado, com uma abundância de macaquinhos, que acostumados, aproximam-se quando os ônibus chegam e as pessoas descem. Havia no interior desse parque, o Recanto Japonês com suas carpas e a Fonte dos Desejos. Na Fonte, 3 pequenas quedas de água simbolizam AMOR, SAÚDE e INTELIGÊNCIA. Diz a lenda que não se sabe qual queda de água pertence a qual desejo, mas pensar fortemente, acreditar e atirar uma moedinha pode significar um desejo alcançado (ou uma moeda perdida!). Faltam cuidados, limpeza e pequenos reparos em todas as instalações do parque.
A visita à Loja de sabonetes e cremes artesanais fez a felicidade das amiguinhas todas: produtos naturais, com propriedades que vão ao encontro dos nossos desejos e aromas deliciosos. Impossível resistir, cada qual sai da loja com uma sacolinha e um sorriso estampado no rosto, como crianças com seu brinquedo favorito.
No segundo dia em Poços, visitamos a Cachoeira Véu de Noiva; um espetáculo, águas vertendo, brancas espumas, assemelhando-se, realmente, a um véu de noiva, aquelas noivas de antigamente, cujo véu franzido no alto da cabeça, descia pelas costas abrindo-se até o chão. O visual, o som, a preservação, tudo impressionante. Logicamente, algumas lojinhas antecediam o espaço da cachoeira, então, tudo perfeito.
Nesse dia, por caminhos mais longos, nossa guia nos falou das dificuldades da profissão durante a pandemia e após a tragédia de Capitólio. Fomos então surpreendidos com um desabafo: ela nos disse que há 15 dias havia sepultado sua filha de treze anos, devido ao problema de saúde já referido. Trabalhar, para ela, naquele momento, a fazia suprir suas necessidades financeiras, bem como mantê-la em pé, apesar da dor que estava sentindo.
A boa índole dos componentes do grupo fez com que nos colocássemos em seu lugar.
Abraços e preces era o que poderíamos oferecer à nossa guia. Que Deus a conforte!
Em Poços de Caldas ficamos hospedados no Hotel Minas Gerais, bem no centro, próximo à Praça do Coreto onde quase todo dia/noite há música ao vivo e o espaço é liberado para os casais dançarem.
Um momento primoroso: conhecer a fábrica de cristais, um orgulho de Minas Gerais. Ver os profissionais moldando, artesanalmente, em fogo intenso as peças de cristal murano (Ilha de Murano – Itália) é realmente uma experiência para não ser esquecida. A experiência se intensifica quando você pode adquirir uma peça, aliás, bastante cara.
Com exceção do café da manhã, nossas refeições eram feitas em um restaurante famoso pela comida mineira típica (Restaurante Polako). Momentos de profusão de sabores, muita conversa e descontração que nos garantiam sempre uma boa noite de sono.
No dia 16, rumamos para Capitólio!
“Viajar é trocar a roupa da alma.” (Mário Quintana)
(*) Aldora Maia Veríssimo – Presidente da AVL