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Dia Internacional da Mulher

Atualizado: 15 de abr.


Os eventos que deram origem ao Dia Internacional da Mulher datam de 1908, início do século XX, e entre fatos comprovados ou não, só em 1975 a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou o ano de 1975 como o “Ano Internacional da Mulher” e, foi a partir desse ano, que 8 de março foi oficializado como “Dia Internacional da Mulher”.


De 1975 até hoje muito se fala e se comemora no Dia Internacional da Mulher. Mas, há controvérsias. Há o que comemorar mesmo? O que temos para comemorar?


Se fizermos uma análise cuidadosa observaremos alguns avanços.


Em todos os campos profissionais, antes reservados aos homens, atualmente temos mulheres desempenhando-os a contento. Há mulheres árbitras de futebol, há mulheres narrando partidas de futebol, um espaço há pouco específico para os homens. Há campeonatos de futebol feminino, aparentemente, tratados com o mesmo respeito que os campeonatos masculinos. Há mulheres pilotando boeings com competência e tranquilidade. Há mulheres na política. Há mulheres em postos de diretoria de grandes empresas.


Na moda e na publicidade, percebe-se que a ditadura dos corpos femininos padronizados (idealizado pelos homens) está cedendo espaço para a chamada “mulher real” que pode ser magra e curvilínea, com peitos e traseiro volumosos, ou um pouco mais gordinha, sem nenhuma volúpia, ou até com sobrepeso explícito. Há marcas que fabricam suas peças especialmente para mulheres fora dos padrões da moda. Na cosmética, os olhares estão, inteligentemente, voltados para as mulheres de pele negra; cremes, batons, hidratantes próprios para as peles negras que possuem ingredientes adequados e embelezadores de toda e qualquer mulher.


E os cabelos cacheados estão em alta, mais um sinal de evolução do comportamento humano e social em respeito às mulheres. Assim também, o estigma dos cabelos brancos, não tingidos, deu liberdade à mulher para se assumir como e quando quiser. O vale “night” contempla não só as mulheres solteiras, livres e desimpedidas, mas também as mulheres casadas, contando-se tanto uma como a outra, com o respeito do nicho masculino.


É normal, vermos mulheres que assumem seus filhos e cuidam de sua família sem a propalada “pensão” do pai que tanto desgaste traz à prole. Vemos, atualmente, mulheres engenheiras, mestres de obras, na segurança pública, inclusive em postos de comando. O que dizer das mulheres caminhoneiras, motoristas de aplicativos e empreendedoras!


Há muito com que nos orgulharmos das mulheres no campo profissional, mas algo me incomoda. Na contramão dessa evolução há um aspecto que incomoda, irrita, causa revolta, parece incompreensível... o número de feminicídios só tem aumentado! Como explicar essa barbaridade? Por que os homens têm tanta dificuldade em aceitar o término de um relacionamento? Por que no quesito relacionamento amoroso a maioria dos homens regride à Idade da Pedra?


Quantas vezes ouvimos rapazes ou senhores tecendo comentários pejorativos ou desabonadores sobre as mulheres, qualificando-as incapazes e sem preparo, dependentes deles, e de repente, esses mesmos homens, ao se depararem com uma separação, perdem todo o equilíbrio, toda a sensatez, toda a segurança, toda a autoridade e agem como irracionais, deixam aflorar os mais baixos sentimentos, não se preocupam sequer com a própria segurança ou futuro, pois atitudes  delinquentes podem levá-los à prisão.


Sempre me pergunto a causa dessa barbaridade, o feminicídio. Isso é machismo, ignorância, insensibilidade, irracionalidade ou todos esses fatores juntos? Não satisfeitos com o assassinato de suas companheiras, ultimamente a violência tem se estendido aos próprios filhos.


É preciso que a escola, a igreja, os clubes de serviço, a sociedade, enfim, façam algo para que as mulheres saiam desse lugar de vítimas dos homens que amam. Diante da morte por razões tão absurdas, acredito que as láureas pela evolução profissional perdem um pouco o seu brilho.


E a violência psicológica, moral, financeira, etc. É assunto de primordial importância. Há que se resolver, há que se debater, há que se encontrar uma solução na mesma medida do sofrimento daí advindo.

 

“A força das mulheres é uma surpresa apenas para aqueles que constantemente a subestimam.”

 

(*) Aldora Maia Veríssimo – Presidente da AVL

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