top of page
Buscar

Dor nos seios: o que pode ser e quando você deve se preocupar?

Atualizado: 17 de out. de 2023

No mês de conscientização sobre o câncer de mama, conversamos com uma especialista para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema - VOGUE


Outubro é internacionalmente conhecido como o mês de conscientização sobre o câncer de mama.


A informação e o autoconhecimento são ferramentas fundamentais para a prevenção e para um diagnóstico precoce da doença. Por isso, pensamos em esclarecer as principais dúvidas acerca de um dos sintomas mais comuns: a dor nos seios. Na maioria das vezes, esse desconforto tem origem benigna, e está associado a uma alteração hormonal comum entre pessoas do sexo feminino durante períodos como a menstruação, a gravidez e a menopausa. A flutuação dos hormônios estrogênio e progesterona, que acontece nesses momentos, influencia diretamente na mudança de tamanho e estrutura dos seios, que pode levar ao incômodo.


A seguir, saiba mais sobre as causas e tratamentos da dor na região mamária. Quando se preocupar com a dor nos seios? De acordo com Heloisa Veasey Rodrigues, oncologista clínica do Hospital Israelita Albert Einstein, além do período menstrual e da amamentação, que são as causas mais comuns, a dor nos seios também pode ser um sinal de infecção, doenças inflamatórias, reação a um corpo estranho ou câncer. "O caso requer atenção se a dor for persistente e/ou estiver associada a outras alterações, como nódulos palpáveis, inchaço, alteração da pele (como vermelhidão e machucados), ou ainda quando a pessoa apresentar mamilo invertido [retraído para dentro] ou com saída de secreção", explica a médica. Como diagnosticar a dor nos seios? "Primeiro, deve ser feito um exame físico, pois é por meio dele que o médico poderá confirmar as queixas da paciente e, eventualmente, encontrar outras alterações que possam ter passado despercebidas. A depender do que for achado, podem ser solicitados exames adicionais, como mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biópsia", afirma Heloisa.

Para mulheres a partir dos 40 anos, recomenda-se que a mamografia seja feita todos os anos — mesmo que não apresentem nenhuma queixa ou alteração na região mamária. Parte fundamental da rotina de prevenção, o exame ainda é evitado por algumas pessoas em razão de mitos comuns. "Um dos principais e mais perigosos é que a mamografia causa câncer por ser um exame com radiação. A dose de radiação é baixa e muito inferior a doses que poderiam aumentar a chance de desenvolver a doença. Outro mito é que pacientes com próteses de silicone não podem fazer mamografia — não há riscos de danificar a prótese, e o exame também é eficaz para avaliar alterações nessas situações", esclarece a oncologista. Quais são os fatores de risco para o câncer de mama? Os principais fatores de risco são:

  • Envelhecimento, já que a ocorrência do câncer de mama aumenta a partir dos 50 anos;

  • Histórico familiar, especialmente em parentes de primeiro grau (pais e irmãos);

  • Ser portador de uma mutação genética que provoca câncer;

  • Obesidade e sedentarismo, especialmente após a menopausa.

Para ajudar a prevenir a doença, Heloisa Veasey Rodrigues recomenda hábitos de vida mais saudáveis, com uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e alimentos in natura, associada à atividade física. Ainda segundo a profissional, para pacientes com mutações de alta relevância para o aparecimento do câncer, cirurgias profiláticas [que envolvem a retirada de uma ou ambas as mamas] podem ser indicadas. Diante do sinal de dor nos seios, o primeiro passo é observar se o período menstrual está se aproximando, e se a dor melhora em até alguns dias após a menstruação. "Em qualquer outro caso, é importante procurar um ginecologista para que ele faça a avaliação inicial e defina a necessidade de exames adicionais para a investigação do quadro", destaca a médica. "Autoconhecimento é o melhor aliado, e sempre que notar mudanças no corpo, busque ajuda profissional para uma avaliação mais detalhada."

Comments


bottom of page