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Em depoimento, suspeito alegou estar bêbado no momento do crime

Com G1 Prudente

Foto: Acervo pessoal


O suspeito de ter arrastado com o carro um cachorro até a morte, em Presidente Venceslau (SP), prestou depoimento à Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (25). Na ocasião, ele alegou que, na madrugada do dia 18 de abril, horas depois de o animal ter “mordido o seu filho”, de quatro anos, “teria ingerido bebida alcoólica”.


De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado por um dos tutores do animal, de 64 anos, na noite de quarta-feira (17), o rapaz estava com o filho dele na casa da família vizinha, localizada no Conjunto Habitacional Watanabe. Segundo os donos, já era de conhecimento dos moradores do bairro que o cão era arisco, motivo pelo qual reiteraram o alerta para o rapaz, já que ele estava com a criança.

Em dado momento, devido a um suposto gesto brusco do garoto, o cachorro, de raça indefinida (SRD), chamado Gabriel, teria avançado na criança, momento em que o pai colocou o braço na frente e acabou sendo mordido.


À polícia, o investigado disse que o rosto e a orelha do filho ficaram machucados, e que a própria tutora do cão, de 65 anos, havia feito um curativo no menino, depois de se oferecer para levar pai e filho até a Santa Casa de Misericórdia da cidade para receberem atendimento médico, “socorro que foi dispensado pelo homem”.


‘Não percebeu’

O relato detalhou que, tempo depois, o envolvido ainda teria levado à casa da família vizinha um saquinho contendo carne de peixe, no entanto, as polícias Civil e Militar Ambiental suspeitam que o conteúdo entregue trata-se de carne silvestre, “possivelmente de jacaré”. Ao g1, o delegado Adalberto Gonini, responsável pelas investigações, disse que o material está sendo analisado pela perícia.


Já por volta das 2h30 do outro dia, após ingerir bebida alcoólica, o investigado admitiu que abriu o portão da casa da frente e chamou o animal, que respondeu ao comando do conhecido e saiu para a rua. Neste momento, o rapaz teria amarrado uma corda ao pescoço do animal, o colocado dentro do carro, no banco passageiro da frente, e amarrado a outra ponta da corda no freio de mão do veículo.


A intenção dele, conforme a Polícia Civil disse ao g1, era levar o cachorro até uma área de sítio, mas, o movimento da Rodovia General Euclides de Oliveira Figueiredo, a Rodovia da Integração (SP-563), pela qual transitava, fez com que o motorista “não percebesse o momento em que o cão pulou pela janela do carro e ficou pendurado pela corda”. O suspeito só se deu conta de que o animal tinha morrido quando parou o veículo, no sentido do bairro Cecap, o deixando lá.

“Agora, nós aguardamos o recebimento do laudo da perícia, referente à análise da carne entregue pelo suspeito à família, e também o depoimento da tutora. Após isso, remeteremos o inquérito ao Poder Judiciário”, enfatizou ao g1 Gonini.

O cabo Evandro Sanches Torquato, da Companhia de Polícia Militar Ambiental, informou à reportagem do g1, nesta quinta-feira, que o envolvido já foi multado em R$ 6 mil pelos crimes de maus-tratos e morte do cachorro.

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