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Em Pauta: Ainda o Pronto-Socorro


A semana começou com várias queixas sobre a demora para atendimento no Pronto-Socorro da Santa Casa de Presidente Venceslau. Nas redes sociais, as reclamações repercutiram a ponto de um grupo de vereadores, após a sessão desta segunda-feira, 10, conferir "in loco" as queixas.


Os vereadores foram informados que, após às 21h, apenas um único profissional fica no plantão. Quando há um caso de urgência e emergência, o plantonista deixa o posto para prestar atendimento. Com isso, quando a demanda é grande, há um longo tempo de espera dos pacientes.


Essa demora provoca muita indignação, mesmo quando é feita a triagem para procedimento no atendimento.


Por conta do ocorrido na segunda-feira, a direção da Santa Casa publicou uma nota em sua página na rede social para explicar seu procedimento. Na nota, o hospital informa que segue o Protocolo Manchester, em que os pacientes são classificados de acordo com sua condição clínica, e os casos de urgência e emergência são prioritários.


Ressalta ainda que, em razão do grande número de casos de dengue, viroses e outras doenças comuns da época, houve um aumento significativo na demanda de atendimento, provocando o tempo de espera maior no Pronto-Socorro.

Na nota, a Santa Casa pede compreensão da população.


Vamos aos fatos.


O problema da demora de atendimento no Pronto-Socorro é recorrente, principalmente nos finais de semana e horário noturno. Essa situação gerou conflito entre a direção da Santa Casa e a administração pública municipal, que é quem repassa o dinheiro para o Pronto-Socorro.


Em setembro último, a Santa Casa enviou ofício à Prefeitura declinando que não tinha mais interesse de fazer a gestão do Pronto-Socorro e que deixaria de prestar atendimento a partir de janeiro/2023.


A Prefeitura, então, iniciou tratativas com o CIOP (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista) para a gestão do Pronto-Socorro. Também pediu que a Santa Casa levantasse custo para aluguel das instalações, equipamentos e mobiliários do Pronto-Socorro.


Em seguida, após novo pedido da Prefeitura, a Santa Casa aceitou prorrogar o convênio de gestão até 31 de março. No entanto, findo o prazo, a Prefeitura, em comum acordo com direção do hospital, decidiu que a gestão do Pronto-Socorro será feita de maneira compartilhada a partir de 1º de junho próximo.


Nesse novo modelo, o CIOP ficará responsável apenas pelos profissionais que atuarão no Pronto-Socorro, enquanto a Santa Casa ficará responsável pelo custeio geral e disponibilidade de especialidades médicas. À Prefeitura caberá fazer repasses de recursos para o CIOP e para o custeio da Santa Casa.


Até agora não sabe os valores que esse tipo de gestão vai demandar dos cofres públicos municipais. Por ora, o município repassa pouco mais de R$ 380 mil para a Santa Casa fazer a gestão do Pronto-Socorro.


Não seria mais factível que, ao invés de envolver um novo personagem, no caso o CIOP, para promover a gestão do PS, aumentar o valor de repasse para que a Santa Casa prossiga com a gestão, tendo como contrapartida ao hospital a contratação ininterrupta de mais um plantonista?

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