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Em Pauta: CEI e a Santa Casa

Atualizado: 18 de jul.


No último dia 16, a Câmara de Presidente Venceslau abriu uma Comissão Especial de Inquérito para averiguar a prestação de contas dos serviços realizados no Pronto-Socorro da Santa Casa. A comissão, criada a partir de um requerimento do vereador Wilson Hirakawa (PSDB), terá prazo de 120 dias para conclusão dos trabalhos, período este que poderá ser prorrogado.


Para justificar a abertura do inquérito, Hirakawa citou reclamações vindas de munícipes sobre a qualidade do atendimento no Pronto-Socorro, sobretudo a demora e a falta de médicos.


Essas reclamações geraram encaminhamentos de requerimentos com pedido de informações e envio de documentos direcionados à direção do hospital. A partir das respostas enviadas e análise da documentação, os vereadores que fizeram a propositura entenderam haver possíveis irregularidades.


Dessa forma, para que pudesse ser feita uma análise mais profunda, a decisão foi abrir uma CEI, que poderá fazer novos pedidos de documentos, tomar depoimentos e promover diligências, caso sejam necessárias.


A CEI é presidida pelo vereador Wilson Hirakawa, tem como membro o vereador Tácito Alexandre (União Brasil) e membro o vereador Bruno Dassie (PV).


Em entrevista ao Tribuna Livre, Tácito Alexandre disse que o propósito de CEI “não é fazer uma caça às bruxas”. Segundo ele, a intenção é analisar como foram aplicados os repasses feitos pelo município ao Pronto-Socorro. Afirma que a CEI permitirá que a Santa Casa faça os esclarecimentos devidos sobre os gastos feitos no Pronto-Socorro. Disse ainda: “assim será possível dar amplitude para que tanto a população como a Santa Casa consiga mostrar como está sendo usado o dinheiro do Pronto-Socorro”.


Sobre as despesas e prestação de serviço do Pronto-Socorro, Susi Bonifácio, responsável pela administração da Santa Casa, informou ao Tribuna Livre que está sendo cumprido o plano de trabalho que é estabelecido. Salientou que o hospital, através de contrapartida, ainda coloca recursos próprios no Pronto-Socorro.


Para ela, a abertura da CEI tem viés político com o fito de “difamar” o nome da Santa Casa, uma vez que são prestadas contas dos serviços prestados ao Pronto-Socorro, com contabilidade separada em relação aos gastos do hospital.


Susi lembrou ainda que a saúde pública é tripartide, com gestão plena de responsabilidade do município.


Na verdade, a saúde pública em Presidente Venceslau vive um impasse, alimentado por um ofício enviado pela Santa Casa à Prefeitura sobre a não continuidade da gestão do Pronto-Socorro a partir de janeiro de 2023.


A decisão da Santa Casa obriga o município a encontrar uma saída para os serviços de pronto-atendimento. Como resposta, a gestão municipal está promovendo tratativas junto ao Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista) para que venha a fazer a gestão do Pronto-Socorro.


Ainda é incerto sobre o resultado dessas tratativas, assim como o local onde vai funcionar o Pronto-Socorro.


Enquanto isso, a população venceslauense, sobretudo a que depende do serviço público de saúde, fica na espera que tudo se resolva da melhor maneira possível.

Por outro lado, a Santa Casa, ao deixar de prestar serviço no Pronto-Socorro, terá a oportunidade para se tornar um hospital de referência na região, principalmente nos atendimentos de média complexidade.

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