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Em Pauta: Censo 2022: redução populacional em PV

Atualizado: 11 de ago.


Em junho último, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) divulgou os números oficiais do Censo 2022. Impactado pela pandemia de Covid-19, o resultado apresentado sugere muitas dúvidas, principalmente para localidades que apresentaram redução populacional.


É o caso de Presidente Venceslau, que registrou redução no número de moradores em relação ao Censo de 2010. O município perdeu 2.709 habitantes, uma queda de 7,15%. Ou seja, em 2010 tinha 37.910 habitantes e, hoje, contabiliza 35.201 moradores.


Um parêntese: em 2005, Presidente Venceslau registou uma população de 39.583 habitantes, e na região perdia apenas para Presidente Prudente. Hoje, o município é o quarto mais habitado, atrás de Presidente Prudente, Dracena e Presidente Epitácio.


A queda populacional poderá, em tese, ensejar na redução de repasse do FPM (Fundo de Participação do Município). Porém, ainda não há informação sobre o impacto que causará nas contas públicas nos próximos anos.


O que explicaria a queda populacional em Presidente Venceslau?


Nando Freitas, que assina como “O Eldoradense”, abordou o assunto em post publicado no Blog do Toninho. No ranking estadual, em 1970, Presidente Venceslau tinha 25.976 habitantes e ocupava a 105ª colocação; em 1980: 30.090 (115ª colocação); em 1996: 35.090 (141ª colocação); em 2000: 37.347 (141ª colocação); em 2007: 37.155 (156ª colocação); em 2010: 37.910 (162ª colocação); e, agora, 35.201 (174ª colocação), conforme dados coletados por ele junto ao IBGE.


Cita em seu post que, em cinco décadas, a população venceslauense cresceu aproximadamente 10 mil habitantes, no entanto perdeu praticamente 70 posições no ranking estadual. “Isso revela que quando crescemos, crescemos pouco, e no momento atual, agonizamos um decréscimo no número de moradores, o que é ainda mais preocupante”.


Em relação ao contexto histórico, menciona que, "num primeiro momento, as curvas crescentes populacionais locais seguiram a tendência nacional, porém com números mais modestos, muito provavelmente já sinalizando nossa tímida projeção econômica dentro de uma região que sempre figurou entre as mais pobres do estado. Ainda assim, seguindo o contexto nacional, a mortalidade infantil diminuiu, a expectativa de vida aumentou, o que favoreceu 'ainda que modestamente' o crescimento vegetativo da população local”.


Eldoradense também expõe que o avanço dos métodos contraceptivos, o êxodo rural e a consequente necessidade de planejamento familiar contribuíram para números menores de crescimento populacional nacional, pois as famílias tornaram-se, também, menores. “E é neste segundo momento que Presidente Venceslau começou a sua estagnação populacional seguida de decréscimo recente”, afirma.


No post, Eldoradense destaca outras nuances para explicar a queda populacional no município, como a localização geográfica e o distanciamento dos grandes centros, com apenas uma única cidade polo, no caso Presidente Prudente; o fato de a região ter baixo índice populacional, o que acarreta a baixa representatividade política; os modais de transportes para circulação de mercadorias, hoje apenas restrito às rodovias, uma vez que a ferrovia deixou de existir ou está sucateada, e que também não há ações para incentivo à hidrovia.


Outro aspecto abordado por ele diz respeito à estrutura fundiária da região, em razão da concentração de terras. Considera que a pecuária intensiva demandaria menos espaço, é mais produtiva e é chamariz para agroindústrias: frigoríficos, laticínios, cortumes, por exemplo.

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