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Em Pauta: Pandemia não acabou


Todos os dias o registro de óbitos por Covid-19 no Brasil e no mundo retratam que estamos muito longe de ver a pandemia virar uma endemia. O afrouxamento das medidas de proteção tem provocado o aumento de casos e mortes.


Além desse fato, muitas pessoas não tomaram a dose de reforço e continuam reticentes por conta de um certo negacionismo em relação à vacina.


Com o período de inverno e clima seco que estamos vivenciando nesses dias, ficam dúvidas se são casos de gripe ou Covid, até porque muita gente deixou de fazer exames para saber o diagnóstico correto.


Na quinta-feira, 28, quando estava redigindo essa pauta, os números da pandemia no Brasil somavam 33,7 milhões de casos confirmados e 677,8 mil mortes. Enquanto os casos recuperados eram de 32,1 milhões.


O estado de São Paulo apresentava o maior número de casos acumulados, com 5,8 milhões de infectados e 172,7 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (3,8 milhões de casos e 62,8 mil óbitos); Paraná (2,6 milhões de casos e 44,4 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (2,6 milhões de casos e 40,4 mil óbitos).


Em relação à vacinação, até quinta-feira, 463,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 foram aplicadas, sendo 178 milhões da primeira dose; 159 milhões da segunda dose, além de 101,1 milhões da primeira dose de reforço e 15,7 milhões da segunda dose de reforço.


Dentro da Organização Mundial de Saúde, o status de pandemia é revisto por especialistas internacionais a cada três meses. Até então, todos os encontros foram marcados pelo pedido de renovação do status e dos cuidados.


A estimativa é de que, quando alcançarmos um índice de 70% de vacinados na população mundial, a crise sanitária comece a ser amenizada.


A imunização generalizada fará que a circulação do Sars-CoV-2 diminua e, em consequência disso, a curva de infecção caia e a crise saia de nível pandêmico para endêmico em locais que estejam mais críticos. Além disso, a vacinação ajuda a prevenir a criação de novas variantes da doença, que podem ser responsáveis por novas ondas.


O que sobra para a população é a esperança de que, daqui há alguns meses ou talvez até anos, a decisão tomada pela OMS seja diferente. Ainda assim, vale ressaltar que o fim da crise sanitária só deve ser decretado quando a queda dos casos e a porcentagem necessária de vacinação forem confirmadas em escala mundial.


Isso porque de nada adianta alguns países decretarem que a pandemia acabou se os casos seguem subindo em outros lugares, já que pode apenas significar uma transição entre ondas de infecção ou os infectados de outro país podem gerar uma nova variante que volte a preocupar os que já foram “livrados” do vírus.


Infelizmente, é difícil prever uma data para o final da pandemia de Sars-CoV-2. O que está claro é que, para a crise sanitária acabar, é necessário: um índice de vacinação mundial acima de 70%; queda exponencial de casos e de mortes; a inexistência de novas variantes mais infecciosas ou mortais.

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