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Em Pauta: Pronto-Socorro e adecisão da Santa Casa


Imbróglio a ser resolvido pela gestão Bárbara Vilches, em Presidente Venceslau, é a decisão de a Santa Casa declinar a gestão do Pronto-Socorro a partir de janeiro de 2023. Desde 1999, quando o município passou a ser gestão plena na Saúde, através de convênio com o hospital, a responsabilidade para atendimentos de urgência e emergência obriga repasse mensal para suprir as despesas inerentes ao atendimento que é feito no Pronto-Socorro.


Recordemos que, no início da gestão plena, houve desacerto entre o governo municipal da época com o hospital, inclusive culminando com medidas judiciais para manutenção do atendimento do PS por parte do município.


À época, dada situação financeira delicada da Santa Casa, o município chegou a intervir no hospital. Talvez uma decisão equivocada, pois a intervenção deveria ocorrer apenas no Pronto-Socorro e não na Santa Casa como um todo, como de fato ocorreu.


O fim da intervenção se deu no governo Ernane, mesmo que o antecessor Malacrida dispusesse a devolver a gestão da Santa Casa para a Irmandade.


A partir do fim da intervenção ocorreram tratativas para definição de um valor compatível para manutenção do Pronto-Socorro, tratativas essas que foram acordadas entre o município e a direção da Santa Casa.


Assim, mês a mês, com reajustes anuais de repasse, a Santa Casa vem mantendo atendimento no Pronto-Socorro, mesmo em meio a críticas, muitas vezes descabidas, por parte de certo setores da comunidade.


Na verdade, a demanda de atendimento no Pronto-Socorro cresceu nos últimos dois anos, consequência da pandemia de Covid-19 e também por conta da proliferação de casos de dengue no município.


Uma das reclamações mais frequentes nas redes sociais é a demora para atendimento no Pronto-Socorro, principalmente nos finais de semana. O plantonista, quando surgem casos de urgência, precisa socorrer e, com isso, ocorre a demora. Por outro lado, o atendimento básico que poderia ser feito nos postinhos recai no Pronto-Socorro, a única alternativa para atendimento do SUS.


O Posto Central e os postinhos fecham às 17h, mas a doença não tem hora para acontecer e ai é preciso recorrer na única possibilidade de atendimento que é a Santa Casa.


A decisão da Santa Casa de não ser mais a gestora do Pronto-Socorro está justificada pelo alto custo para a manutenção. No ofício que o hospital enviou à prefeita e a Câmara, esta justificativa é complementada pela imagem negativa que acaba refletindo sobre a gestão do Pronto-Socorro.


“Mesmo com todo o trabalho realizado e garantido o atendimento hospitalar durante 24 horas, não deixando faltar qualquer tipo de medicação, a Santa Casa é vista de forma negativa, sofrendo ataques que não contribuem com a melhoria do atendimento”, cita o ofício enviado pela Irmandade às autoridades locais.


Para resolver o impasse, urge a administração municipal abrir diálogo com a direção da Irmandade, fato que até agora não ocorreu. Aliás, interpelada pelo jornal, a prefeita apenas garantiu que o atendimento de urgência e emergência não cessará. No entanto, ainda não apontou os caminhos que serão tomados para que a população não fique desassistida quando procurar o Pronto-Socorro.

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