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Em Pauta: Qual o futuro da nossa Faive?


A Faive (Feira Agropecuária e Industrial de Presidente Venceslau), pelo segundo ano consecutivo, não se realizará. O motivo, indubitavelmente, é a pandemia de Covid-19, cujo fim ainda é incerto.


No entanto, a principal festa venceslauense vinha sofrendo revezes nos últimos anos. A começar pela falta de interesse de expositores em trazer seus animais aos pavilhões do parque de Exposição “Alfredo Ellis Neto”. A logística e o custo para expor os animais na feira não devem ser desconsiderados, apesar dos esforços dos organizadores.


Ressalta-se também que a região perdeu o foco na pecuária, mesmo tendo por aqui criadores importantes, como Francisco José Matta Azenha, o Chiquinho da Nelore da Dourada. Este, por sinal, representa um exponencial criador e incentivador do Nelore no Brasil.


Com a pandemia, Chiquinho não deixou a peteca cair, como se diz na gíria. Sem Faive, organizou, em 2020, um leilão virtual em sua chácara, aqui em Presidente Venceslau, e inaugurou seu shopping de animais, com sucesso.


Para este ano, ainda sem Faive, a Nelore da Dourada repetirá os pregões virtuais no próximo dia 23, com transmissão para todo o país via Canal do Boi. Já nesta segunda-feira, 16, inicia o Shopping de Animais, que perdurará até o dia 21 de agosto, com venda do melhor da raça da safra 2018/2019.


Mas a pergunta que não quer calar é: com o arrefecimento da pandemia, teremos Faive em 2022?


Serão permitidos, já no próximo ano, os mega-shows, um dos atrativos da Faive, assim com as imprescindíveis provas de laços e tambor, uma prática muita valorizada por aqui e que merece total apoio? Para os grandes shows, será retomada a cobrança de ingresso para acesso ao parque?


E a comissão da festa, que deixou de ser nomeada pelo prefeito de forma direta e há alguns anos está afeta a uma Associação desvinculada do poder público, persistirá?


Voltando ao propósito em que foi criada, em meados da década de 70, a Faive retomará sua essência, que é o fomento do setor agropecuário no Pontal, região esta envolta em insegurança jurídica por questões fundiárias?


Recordo que um grupo de pecuaristas, preocupado com a necessidade de aumentar conhecimento em genética bovina, pastagem, novas tecnologias de produção, apostou e promoveu ciclos de palestras, trazendo para cá renomados profissionais para abordagens de temas correlacionados.


Há alguns anos esse grupo se dissipou, por várias razões, entre elas, a falta de apoio mais incisivo.


Caso a Faive volte a ser realizada, haverá interesse em trazer de volta este Ciclo de Palestras e, assim, manter um pouco do propósito pela qual foi criada?


Os questionamentos acima suscitam dúvidas sobre o futuro da nossa maior festa. Por essa razão, precisam de respostas convincentes. Até porque a cidade tem carência de lazer e divertimento para nossas famílias e juventude. Por outro lado, nossa economia, apesar de críticas oriundas de alguns setores, é incrementada pela feira, assim como nossas redes de proteção social, através dos clubes de serviços e entidades, que se beneficiam para atender seus propósitos.

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