Com a estiagem do tempo, o poder público municipal, em Presidente Venceslau, precisa urgentemente realizar uma operação para tapar diversos buracos em vias da cidade. Já vi posts nas redes sociais de veículos que sofreram avarias por conta de buracos nas vias.
Nesta semana, a Prefeitura anunciou licitação para recapeamento de vias e avenidas, entre as quais, a Jorge Tibiriçá. São dois convênios de 2021, com recursos a serem enviados através de emendas parlamentares.
Ocorre que o processo para o inicio das obras é burocrático, sendo que o poder público precisa aguardar a empresa vencedora a iniciar os trabalhos. Assim, enquanto não se inicia, o setor de Obras e Serviços poderia fazer uma operação tapa buracos, atingindo também ruas que não constam nos dois convênios assinados.
Curiosamente, um morador do Jardim Arantes postou, dias atrás, em suas redes sociais, uma foto simulando uma pescaria, em referência a um buraco existente em frente sua residência. Junto com a foto, o morador escreveu: “Quer diversão sem custo algum, além do imposto pago à Prefeitura, basta vir ao bairro Jardim Arantes com sua vara de pesca, um banquinho e pronto. No momento só temos os peixes pedra, barro e larvas da dengue. Já que Prefeitura/atual gestão não liga para os bairros que não rendem votos, o jeito é rir e tirar sarro da situação”.
Tenho observado que a atual gestão tem modernizado a frota de veículos, com recursos próprios e de outros entes da Federação. Não há críticas a fazer sobre as aquisições, no entanto a cidade precisa de alguns cuidados na parte de infraestrutura. Sendo assim, torna-se imperioso que a administração dê prioridades dos recursos que dispõe para atender situações que causam transtornos à população, como, por exemplo, o alagamento de residências por conta das chuvas, e também a má-conservação da ruas e avenidas.
Antes do período eleitoral, os municípios paulistas foram agraciados com verbas do governo do Estado. Fez-se na ocasião enorme propaganda sobre os recursos enviados. Porém, na prática, ainda não se vislumbra a aplicação desses recursos em obras de infraestrutura, tão necessárias, principalmente nos bairros.
Ressalva-se que o período de chuvas atrapalha o início, no entanto estamos no findar de 2022 com a certeza que haverá um novo governo em São Paulo. Não se sabe, por exemplo, se o Projeto Pontal 2030, tão decantado pelo governo Rodrigo Garcia terá sequência, visto que a iniciativa previa grandes investimentos em infraestrutura na região.
Entraremos em 2023 sem saber como será a próxima gestão no Estado de São Paulo. E também quais serão os programas e projetos prioritários para nossa região, tida com uma das mais pobres do Estado de São Paulo.
Por outro lado, é sempre bom lembrar que elegemos apenas um único representante da região, no caso o deputado Mauro Bragato (PSDB), que cumprirá seu 11º mandato na Assembleia Legislativa.
Até que ponto a influência de Bragato junto ao novo governo redundará em investimentos para região, sobretudo Presidente Venceslau?
Bragato, ao longo dos governos tucanos, sempre teve as portas abertas no Palácio dos Bandeirantes. Agora, o Estado não será mais governado pelo partido dele.
Fica a dúvida.