
“Ouçam! O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram. Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda. Mas, quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz.” Marcos 4:3-6
Estava fazendo o meu devocional quando, de repente, o Senhor falou ao meu coração sobre essa passagem. Embora já tenha lido várias vezes esse trecho (A Parábola do Semeador), dessa vez o Espírito Santo fez saltar aos meus olhos e pulsar em meu coração algo muito importante.
Após termos lido esse texto que destaquei no início, vemos que, na segunda situação, a semente caiu em um solo cheio de pedras em que não havia muita terra, ou seja, não era um local apropriado para uma boa semeadura. O resultado disso foi que ela brotou rapidamente. Mas, afinal, o que podemos entender de tudo isso?
Que quando não nos damos o tempo necessário para o trabalho e processo de criar raízes em Jesus, podemos até termos “sucesso” ou “crescimento” rápido, porém, com a mesma intensidade de seu crescimento, será perdida a sua força.
Não estou dizendo que Deus não possa fazer sua vida mudar do dia para a noite ou como da água para o vinho. Até porque, creio que Ele é Soberano e tem poder para fazer todas as coisas, mas não podemos usar isso como desculpa para o nosso anseio de banalizar o tempo de espera e preparação.
São nesses momentos que, por mais que ninguém esteja vendo, criamos raízes Nele através do nosso relacionamento com Ele, o que nos tornará filhos alicerçados na Rocha e firmes contra qualquer tempestade.
Precisamos lembrar que uma planta precisa de algumas substâncias para o seu crescimento, uma delas é a seiva. Porém, sem raízes, fica difícil chegar nela toda a seiva necessária para a sua “saúde”, levando-a secar e morrer; isso pode ser visto no seguinte trecho dito por Jesus: “Mas, quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz.”
Sem raízes, até poderemos parecer “crentes” aos olhos humanos, mas, se não estivermos enraizados em Jesus, seremos apenas impostores. E sabe por quê? Porque sem raízes, morremos e, se morremos, não geramos frutos, o que mostra que não estamos conectados a Cristo.
Veja o que diz em João 15:4-5:
“Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto se não permanecerem em mim. Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.”
Além disso, os nossos frutos dizem sobre nós, veja: “Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão.” (Mateus 7:20)
Ou seja, pelo que geramos é que seremos reconhecidos como filhos legítimos, ou não, de Deus.
Não escolha o crescimento sem alicerces; não aceite passar a sua vida inteira sem raízes em Cristo.
Por mais que o Seu tempo pareça longo demais, lembre-se de que uma árvore leva anos para se desenvolver.
O Senhor deseja colocar você em lugares altos, portanto, mantenha os olhos fixos Nele, desviando-se de qualquer “atalho” que aparecer no meio do caminho para obter o sucesso de forma mais fácil e rápida e sem muitos esforços.
Ore comigo:
“Senhor, te agradeço pela vida, por este dia especial que tem dado a mim. Sei que o Teu Espírito tocou o meu coração e me mostrou essa fraqueza que precisa ser corrigida.
Pai, peço que o Senhor me ajude, todos os dias, a regar a semente que foi lançada em minha vida. Que eu possa permitir o processo de me enraizar em Ti para que eu gere frutos bons e eternos para o Teu Reino.
Guie os meus pensamentos e desejos do coração para que cada dia mais o meu maior desejo seja ter meu nome temido no inferno e reconhecido no céu como seu filho!
Entendo que, sem o Senhor, eu não sou nada, assim, perdoe-me por, muitas vezes, dar mais atenção ao sucesso da terra que às raízes desenvolvendo meu ser. Que o Senhor cresça em minha vida e que eu diminua.
Obrigada por tudo, Senhor.
Em nome de Jesus, amém!”
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Revisão: Karen Buck