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IPÊ utiliza 'ecopotes' para plantar mudas de árvores nativas da Mata Atlântica

Tubos são produzidos nos viveiros comunitários em Mirante do Paranapanema (SP) e Teodoro Sampaio (SP) com fibras orgânicas que se decompõem após plantados. - Com G1 Prudente

Com o objetivo de produzir mudas nativas do bioma Mata Atlântica de forma mais sustentável, o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) substitui gradativamente os tubetes de plástico utilizados nos oito viveiros do Oeste Paulista pelos “ecopotes”, que são tubos de substrato envolvidos em papel biodegradável.


Segundo o biólogo e coordenador de implementação de projetos de restauração florestal do IPÊ, Haroldo Borges Gomes, a mudança foi motivada com objetivo de reduzir o uso de plástico durante o processo de restauração ecológica. “O que motivou foi essa redução do uso do plástico, por mais que esse tubete de plástico seja reutilizado por muitas e muitas vezes até entrar em um processo de degradação. O que motivou também é a facilidade de estar levando essas mudas para o campo e não estar levando essa quantidade maior de plástico”, afirmou Gomes ao g1. Os “ecopotes” são construídos a base de fibras orgânicas e o substrato utilizado é o mesmo usado no tubo de plástico. Além disso, o biólogo também reforçou que o “ecopote” se decompõe devido ao material utilizado para ser produzido. “Os ecopotes são um material orgânico que já vai se decompor no solo naturalmente. Ao contrário do tubete de plástico, que é usado hoje”, reforçou Gomes. “O grande ganho ambiental é, exatamente, essa questão de não gerar resíduos plásticos. Essa mudança tem um ganho ambiental muito grande, porque você está usando um produto realmente biodegradável, de natureza mais orgânica na composição. Isso gera um ganho excepcional com relação ao cuidado de não deixar resíduos, principalmente, plástico na natureza”, disse o biólogo ao g1. Gomes também explicou que o substrato utilizado nos “ecopotes” é o mesmo usado nos tubos de plástico, porém, ele deve ser “mais fino”. Essa necessidade ocorre por conta do equipamento utilizado para fazer o corte dos recipientes no tamanho ideal.

A produção dos “ecopotes” será feita nos viveiros do IPÊ e a intenção é fazer a substituição de forma gradativa. “A gente está começando agora, adquirindo equipamentos e máquinas para a fabricação desse ecopote. A ideia é ir substituindo aos poucos, de uma forma gradativa, que a gente também está no dia a dia aprendendo a lidar com esse ecopote, toda a questão do manejo, plantio, quais as espécies que estão se propagando melhor dentro desses ecopotes”, afirmou o biólogo. Em 2023 e 2024, a estimativa do IPÊ é substituir, pelo menos, 20% dos tubos plásticos pelos “ecopotes” nos oito viveiros comunitários existentes em Mirante do Paranapanema (SP) e Teodoro Sampaio (SP), que produzem cerca de 2,2 milhões de mudas de 100 espécies nativas diferentes da Mata Atlântica. “Ao longo dos anos, quem sabe a gente tem uma transição de 100% de produção com esses ecopotes”, reforçou Gomes ao g1.

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