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O Código da Vinci

Atualizado: 20 de jun.



O Clube de Leitura da AVL continua discutindo suas leituras em reuniões online. A cada obra lida nossos conceitos se solidificam: ler é muito bom,  alimenta nossa alma com novos conhecimentos, além de estreitar nossos laços de amizade. Tudo muito prazeroso.


Em 18 de setembro discutimos “O Código da Vinci”, um dos best sellers mais famosos do século XXI, escrito por Dan Brown, norte-americano, publicado em 2003, lançado no Brasil em 2006. A reação da Igreja Católica tentando proibir a venda, aguçou a curiosidade de amantes da leitura do mundo todo.


São 557 páginas em que se narra o assassinato de Jacques Saunière, curador do Museu do Louvre. A cena do crime, resultado de um enorme esforço da vítima, compõe uma visão chocante onde se percebem várias pistas, deixadas por Jacques, para que sua neta Sophie Neveu, uma criptóloga, com a ajuda do Professor Robert Langdon, especialista em Simbologia Religiosa e Professor de Harvard, as entendessem e descobrissem fatos e segredos importantíssimos que ele não pudera contar em vida.


Nas centenas de páginas da obra institui-se uma corrida contra o tempo para desvendar o referido assassinato e evitar outros e no decorrer das investigações vão sendo levantados fatos ligados a Jesus Cristo, Maria Madalena, o Santo Graal e outros segredos tidos como invioláveis pela fé cristã. É uma sequência de episódios cujas pistas vão se ligando umas às outras e expondo conteúdos que incomodam o conservadorismo  religioso.


A obra faz referência a segredos e polêmicas envolvendo a Igreja Católica, o Priorado de Sião, o Santo Graal, e os Templários.


O Código da Vinci une história e ficção, descrições minuciosas e verossímeis, teorias polêmicas, quiçá verdadeiras, das quais se podem destacar: Evangelhos gnósticos ou apócrifos (evangelhos retirados da Bíblia e que trazem informações que não se queriam veiculadas); os Segredos das obras do pintor Leonardo da Vinci (características que entendidas ameaçam segredos); o Priorado de Sião (uma fraternidade secreta fundada no ano de 1099, cujo objetivo era proteger a linhagem sagrada de Jesus Cristo e Maria Madalena) e o Opus Dei (tido como um braço da Igreja Católica, cuja finalidade é participar da missão evangelizadora, sendo, normalmente associada à autoflagelação).


Robert Langdon, o renomado professor de Simbologia foi solicitado para resolver o misterioso assassinato de Saunière, mas também é considerado  o principal suspeito, porque seu nome constava na cena do crime.


Jacques Saunière era o chefe secreto do Priorado de Sião, detentor do segredo do Santo Graal e responsável pela proteção à linhagem de Jesus Cristo e Madalena. São muitos personagens, muitas informações verídicas que se misturam à ficção, resultando uma narrativa elegante e envolvente, capaz de manter o leitor agarrado à obra até o fim. Silas, um albino devoto do Opus Dei comete assassinatos em série buscando informações sobre o segredo do Santo Graal. A teoria do Sagrado Feminino incomoda dogmas profundos.


Descobertas as relíquias do Santo Graal, a morte do curador do Museu do Louvre se esclarece, encontram-se prováveis familiares de Maria Madalena; Robert e Sophie se apaixonam.


Obra polêmica, merece ser lida e entendida, na medida do possível. O que não cabe ao leitor é agastar-se com os conceitos primários solidificados em sua crença religiosa. A boa obra literária suscita emoções positivas ou negativas, desencadeia discussões e polêmicas.


Quanto mais talentoso é o escritor mais a obra mexe com os recônditos da alma leitora. Mas, o que vale é somar experiências e construir um repertório de leitura que nos torne seres humanos melhores.


“O mundo me intriga. Não posso imaginar que este relógio exista e não haja  relojoeiro.” (Voltaire)


(*) Aldora Maia Veríssimo – Presidente da AVL

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