
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está rastreando várias variantes do coronavírus, incluindo a EG.5, que se espalha nos Estados Unidos e no Reino Unido, disse o diretor-geral da organização,Tedros Adhanom Ghebreyesus - foto, nesta quarta-feira (9).
“Permanece o risco de surgir uma variante mais perigosa que pode causar aumento repentino de casos e mortes”, afirmou Tedros, acrescentando que a agência está publicando um relatório de avaliação de risco sobre o tema.
A OMS também emitiu um conjunto de recomendações permanentes para a covid, nas quais pede aos países que continuem relatando dados sobre a doença, especialmente de mortalidade e morbidade, e oferecendo vacinação.
A Covid-19 matou mais de 6,9 milhões de pessoas em todo o mundo, com mais de 768 milhões de casos confirmados desde que o vírus surgiu. A OMS declarou o surto uma pandemia em março de 2020 e encerrou o status de emergência global para Covid-19 em maio deste ano.
Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para Covid-19, disse que a EG.5 tem uma transmissibilidade aumentada, mas não é mais grave do que outras variantes da Ômicron.
“Não detectamos uma mudança na gravidade da EG.5 em comparação com outras sublinhagens da Ômicron que estão em circulação desde o final de 2021”, afirmou ela.
O diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus lamentou que muitos países não estejam relatando dados da Covid-19 à OMS. Ele disse que apenas 11% relataram hospitalizações e internações em UTI relacionadas ao vírus.
Em resposta, a OMS emitiu um conjunto de recomendações para Covid, nas quais instou os países a continuarem relatando dados da Covid, particularmente de mortalidade e de morbidade, e continuar oferecendo vacinação. Van Kerkhove afirmou que a ausência de dados de muitos países está dificultando os esforços para combater o vírus.
“Cerca de um ano atrás, estávamos em uma situação muito melhor para antecipar ou agir ou ser mais ágil”, disse ela. “E agora o atraso em nossa capacidade de fazer isso está crescendo. E nossa capacidade de fazer isso está diminuindo.” (Reportagem de Leroy Leo, em Bengaluru, e Gabrielle Tétrault-Farber, em Genebra)