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Polícia Civil descobre esquema de suborno a testemunhas em inquérito sobre exploração sexual de menores

Fonte: Cenário MS

A Delegacia de Polícia Civil de Bataguassu e arredores reagiu com agilidade, frustrando uma tentativa criminosa de obstruir a Audiência de Instrução do Inquérito sobre Exploração Sexual de Menores, marcada para está quarta-feira, dia 13 de março.


Esta audiência está relacionada a uma extensa investigação de 2023, revelando envolvimento de empresários, políticos e servidores públicos em uma rede de prostituição infantil.


Os réus tramavam subornar as vítimas, pagando R$ 2 mil, para evitar seus depoimentos diante do juiz, enviando-as a um resort em São Paulo para afastá-las da cidade. Aquelas que recusaram os valores foram constrangidas, recebendo ameaçadoras ligações de indivíduos que se autodenominavam faccionados.


A Polícia Civil, na execução de mandados de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão, busca reunir provas para uma nova fase de investigação, agora focada em corrupção ativa de testemunha e associação criminosa.


"A operação é mostra do empenho da Polícia Civil em resguardar as adolescentes da região, bem como acabar com a odiosa prática de turismo sexual na cidade", diz a Polícia Civil em nota.


Primeira fase 


A operação “Força e Pudor”, desenvolvida pela Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), de Bataguassu resultou no indiciamento de 14 indivíduos, dentre eles: ex-vereadores, servidores públicos estaduais e empresários.


A operação teve inicio em fevereiro de 2023. Na ocasião, A operação deu cumprimento aos mandados de busca e apreensão e de prisão temporária contra um casal que agiam como cafetões e mantinham conjunto de fotos de adolescentes, conhecido como “cardápio”, o qual era mostrado à rede de clientes. Os suspeitos foram presos em uma residência, que fica aos fundos de uma conveniência, localizada no Bairro Campo Grande em Bataguassu. 


Durantes as investigações, foi apurado que a dupla agenciava diversas adolescentes, inclusive menores de apenas quinze anos. 


Segundo a Polícia Civil, o casal possuía um conjunto de fotos das meninas, o qual era chamado de “cardápio”. Tais fotos eram ofertadas aos clientes por mensagens de WhatsApp, de maneira que a dupla intermediava posteriormente o contato entre os clientes e as jovens, cobrando das adolescentes, 1/5 do valor do programa.


A partir da prisão do casal, as investigações avançaram para estágio avançado e passou a se concentrar na rede de clientes.


A operação buscou a autoria de agenciadores, clientes e proprietários de ranchos e motéis. Mais de 20 pessoas foram ouvidas e sigilos telefônicos e bancários foram quebrados. Ex-vereadores, servidores públicos estaduais e empresários foram indiciados.  Os nomes dos investigados não foram divulgados pela polícia.

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