Com G1
Um presépio artesanal, com cerca de 2.500 personagens feitos de palha de milho, pode ser visitado gratuitamente em Rio Negro, cidade do sul do Paraná.
A obra conta duas histórias. A primeira, chamada de "Cidade de Belém", retrata a vida e o cotidiano da época do nascimento de Jesus Cristo.
A segunda conta "Passagens da Vida de Cristo", como o batismo, milagres, bodas de Canaã, Santa Ceia, toda a via sacra à crucificação e a ressurreição da figura religiosa.
A Cidade de Belém fica em uma exposição permanente que ocupa uma área de 50 metros quadrados. As "Passagens da Vida de Cristo" são apresentadas em 40 cubos retangulares de vidro, chamados de "Oratórios".
"O trabalho é resultado de minuciosa pesquisa e a principal finalidade da obra é transportar as pessoas ao passado. Reproduz a anunciação do anjo aos pastores, o presépio da gruta, o acampamento dos Reis Magos, vinícola, mercado, hospedaria, tecelagem, sinagoga, oliveiras, fortificação romana, entre outras cenas", explica a Prefeitura de Rio Negro.
Os personagens feitos em palha têm, em média, 15 centímetros de altura. Além deles, há peças que compõem cenários, edificações e elementos geográficos feitos em diversos materiais.
As obras "Cidade de Belém" e "Passagens da Vida de Cristo" ficam alocadas no Parque Ecoturístico Municipal São Luís de Tolosa, unidade de conservação ambiental que já foi um seminário e atualmente sedia a prefeitura de Rio Negro.
A história do presépio
O presépio foi inaugurado no início dos anos 2000. A confecção foi feita pela família do artista alemão Meinrad Anton Freidrich Horn, que se mudou para o município nos anos 1970.
O artesão faleceu em 2003. Em 2019, a esposa dele, Doralice Horn, reformou a obra e a exposição foi reinaugurada em um novo ambiente.
Na cidade, a obra é popularmente conhecida como o maior presépio de palha do mundo. Mas, segundo a prefeitura, a informação não é comprovada por nenhuma instituição.
O artista
O criador do presépio de palha de Rio Negro é Meinrad Anton Freidrich Horn, de acordo com a prefeitura. Além da paixão pelo artesanato com palha de milho, ele também admirava o modelismo naval.
Natural da Alemanha, ele chegou ao Brasil 1974, depois de naufragar no estado do Amapá junto a um amigo. De lá, conta a família dele, Meinrad decidiu ir a Rio Negro para visitar familiares, que imigraram para a cidade anos antes.
No município, conheceu Doralice Dransfeld, com quem casou. Eles se mudaram para a cidade-gêmea de Rio Negro – Mafra, em Santa Catarina –, e tiveram quatro filhos.