Nos últimos cinco anos, a região Presidente Prudente tem enfrentado um aumento no número de internações por infarto agudo do miocárdio. Os dados são do DataSUS, o sistema digital do SUS (Sistema Único de Saúde) A análise das estatísticas, entre os anos 2018 a 2022, revela uma tendência ascendente, com exceção nos anos de 2019 e 2021, quando houve uma leve queda nas ocorrências.
Os números mostram evolução ao longo dos últimos anos. Em 2018, foram registrados 542 casos de infarto na região; em 2019, 537 casos; em 2020, 635 casos; em 2021, 586 casos; e em 2022, 648 casos. No total, foram registradas 2948 internações por conta de ataques cardíacos.
De acordo com a médica cardiologista, Talita Tiemi Hoshino Bueno, do HR (Hospital Regional) de Presidente Prudente, aponta que o período de crescimento das internações por infarto na região coincidiu com o início da pandemia. Durante esse período muitas pessoas permaneceram mais tempo em casa e acabaram negligenciando o cuidado com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia. “Além disso, [as pessoas] ficaram mais ansiosas, tenderam a fumar mais, fizeram menos exercícios físicos, e ficaram mais sedentárias. Basicamente todas essas doenças, ou seja, esses hábitos de vida ruins, podem levar ao aumento da incidência de infarto”, disse ela ao O Imparcial.
A especialista destaca que a prevenção é fundamental para evitar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Segundo a médica, para manter o coração pulsando firme e saudável - distante de um colapso -, a pessoa deve evitar o tabagismo e adotar um estilo de vida saudável com atividades físicas regulares e alimentação equilibrada. Essas medidas são cruciais para a redução dos riscos de infarto.
“Logo, para evitar uma morbidade por doença cardiovascular, será necessário deixar todas essas doenças crônicas bem controladas, evitar o cigarro, e ter uma qualidade de vida mais satisfatória com atividade física e alimentação saudável”, ressalta.
(Com O Imparcial)
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