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Renato Cariani: Astro do mundo fitness usou o fisiculturismo para vencer o bullying e fazer fortuna

Atualizado: 1 de nov. de 2023

Renato Cariani tornou-se um dos grandes nomes do meio ao mostrar rotina de vida saudável e dicas de treinos e dietas; conheça mais do esporte que paga salários de até R$ 500 mil por mês - Com G1

Com mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais e 1 bilhão de visualizações em vídeos relacionados ao mundo da dieta e do culto ao corpo, Renato Cariani é um dos principais nomes do mundo fitness e o maior apoiador do fisiculturismo brasileiro.


Na internet, como influenciador digital, ele tenta desmistificar o esporte e mostrar um outro lado do mundo das dietas. Mas tudo começou nos tempos de escola... Hoje com 47 anos, Renato Cariani transformou o bullying sofrido na infância em combustível para adotar hábitos alimentares mais saudáveis e ganhar a vida promovendo o mercado que movimenta centenas de milhões de reais por ano.

Foto: Reprodução/Instagram

Em entrevista ao ge durante a realização do Mr. Olympia Brasil, evento de prestígio na área fitness e que ocorreu em São Paulo no último fim de semana, o fisiculturista revelou detalhes da carreira também como empresário e influenciador digital.

Apesar de estar no meio há muito tempo e ter participado de várias competições, Cariani se tornou fisiculturista profissional em 2020, quando conquistou o Pro Card. Desde então, ele participou apenas de algumas disputas por conta de lesões.


O meu amor pelo fisiculturismo veio pelo amor que eu tive pela musculação. A musculação transformou a minha vida. Eu era um garoto que sofria muito bullying na escola por ser obeso e entrei na academia para fugir do bullying. Descobri que a academia me deixava mais forte, mas não era apenas no corpo, mas forte na mente. Me deixou mais disciplinado, concentrado e resiliente.


– O meu avanço na musculação acabou me levando para o fisiculturismo, que é a alta performance da musculação. Comecei a competir com 20 anos, com 24 interrompi as competições porque era um esporte pouco valorizado. Precisava lutar pela minha carreira porque vim de uma posição muito humilde e passei um bom período da minha vida me dedicando a outras profissões. Aos 40 anos de idade voltei a competir e fui campeão de vários eventos aqui e fora do Brasil – disse Cariani.

Foto: Rodrigo Dod/Mr. Olympia A vida dedicada ao esporte foi compartilhada com os estudos. Renato Cariani é formado em três áreas distintas: química, administração de empresas e educação física. As formações ajudaram o atleta a se tornar um empresário de sucesso do ramo fitness, um dos setores mais aquecidos do mercado atual. Ele é sócio da Supley, maior fabricante de suplementos da América Latina.

O grupo faturou R$ 830 milhões no ano passado, e a projeção é superar R$ 1 bilhão em 2023.

– Tem muita gente que fala que fisiculturismo é um concurso e não é um esporte. E tem muita gente que apoia o fisiculturismo como esporte. O critério de esporte é: tem que ter regras, competitividade e uma performance que inspira, que no caso é a musculação. Vejo o fisiculturismo como esporte, se for um concurso há um esporte por trás, que é a musculação.

– E sempre haverá o estigma de hormônios e esteroides. A verdade é só uma: não é o que uma pessoa e atleta vai tomar de esteroide que fará dele um campeão, porque se fosse assim o campeão sempre seria o que tomasse mais. O campeão no esporte tem que ser resiliente, mais lutador, disciplinado, organizado e que tenha a melhor genética – explicou Cariani.

Foto: Rodrigo Dod/Mr. Olympia

Fisiculturista com salário de R$ 500 mil

O Brasil é o segundo país que mais movimenta o mercado de fisiculturismo no mundo. Segundo números da organização do Mr. Olympia Brasil, o país perde apenas para os Estados Unidos. São mais de 30 mil academias espalhadas em todo o território nacional. O crescente interesse pela musculação e pelo esporte de alto rendimento ligado aos músculos tem sido um segmento importante para quem antes não vislumbrava ter uma carreira profissional no esporte.


- Toda demanda financeira gera ainda mais engajamento no esporte. O futebol é o que é porque há um grande investimento envolvido, senão seria impossível fazer uma Copa do Mundo, um Campeonato Brasileiro e os clubes pagarem milhões de reais para terem seus atletas performando. O fisiculturismo achou o seu espaço, justamente pelo atleta inspirar pessoas a mudarem o seu estilo de vida, automaticamente o que esse atleta consome se torna objeto de desejo do público.


– Um atleta profissional de fisiculturismo por muitos anos não podia se dedicar exclusivamente ao esporte, tinha que ter outros empregos. Trabalhava oito, dez, 12 horas por dia e ainda tinha que performar. Hoje temos a oportunidade de ver centenas de atletas vivendo do esporte e se dedicando exclusivamente ao fisiculturismo. O resultado disso é atletas brasileiros competindo no exterior nos campeonatos mais importantes e vencendo. O esporte vive de ídolos, quanto mais ídolos maior o público assistindo – comentou.

Quantos ídolos já tivemos no futebol? Estamos vivendo uma geração do nascimento de ídolos do esporte chamado fisiculturismo" — Renato Cariani

Reprodução/Instagram

E o profissionalismo em torno do fisiculturismo tem levado os atletas de ponta a terem rendimentos equivalentes aos de jogadores de futebol, por exemplo. Além disso, o interesse do público pela vida dos atletas têm aumentando também a maneira de monetizar patrocinadores. – Tem atletas que ganham R$ 200 mil, R$ 300 mil, R$ 400 mil, R$ 500 mil por mês, tudo a partir do fisiculturismo. Claro, são pouquíssimos? São, mas também são em outros esportes. – Sou da época que quando um atleta de fisiculturismo era campeão de algum campeonato ganhava um saco de hipercalórico e ficava esperando ansioso para sair uma foto em uma revista de musculação – relembrou Cariani.

Engajamento nas redes sociais

Renato Cariani considera o crescimento das redes sociais como fator determinante para uma maior divulgação do fisiculturismo. Segundo ele, a internet tem aproximado os mais diversos perfis de pessoas interessadas em vida saudável:

– Se há o maior divisor de águas na história do fisiculturismo, esse divisor de águas se chama redes sociais. A rede social aproximou o atleta do público. Diferentemente da maioria dos esportes coletivos como futebol, basquete, vôlei, que a TV e a mídia aberta têm a oportunidade de transmitir, o fisiculturismo até hoje não foi transmitido. Porém, com a expansão das redes sociais houve um espaço para esse esporte.

Foto: Rodrigo Dod/Mr. Olympia – As pessoas descobriram que um atleta de fisiculturismo pode inspirar elas nos seus objetivos pessoais. Olhando o perfil e acompanhando a vida de um atleta de fisiculturismo, essa pessoa se inspira a ser mais disciplinada com a sua alimentação, com seu treino e ser mais resiliente com as dificuldades que impõe a ela perder peso, de fazer uma reconstrução corporal. Hoje, o atleta de fisiculturismo é um inspirador de pessoas normais a buscarem os seus objetivos – disse Cariani.

Acho que sou um dos principais responsáveis por ir para outras bolhas e mostrar o fisiculturismo" — Renato Cariani.

As redes sociais ampliaram os negócios de Renato Cariani. Empresário do segmento fitness, ele potencializou o seu alcance de atleta com os mais diversos produtos ofertados por ele através das suas empresas. – Os números que movimentamos nas redes são algo surreal. Esse mês (outubro) faremos 70 milhões de visualizações no YouTube. O meu Instagram alcança 23,5 milhões de pessoas diferentes por mês.

– Nós conversamos com milhões de pessoas todos os dias e, às vezes, eu sou o único amigo fitness dessa pessoa. Às vezes a família não apoia, os amigos não apoiam e o ambiente onde ele vive não é inspirador, mas eu dividindo meu estilo de vida com essas pessoas acabo me conectando com elas e me torno o amigo fitness dessa pessoa – completou Cariani. 5 dicas de Renato Cariani para cuidar da saúde

  • Dica 1: musculação três vezes por semana;

  • Dica 2: atividade cardiovascular quatro vezes por semana;

  • Dica 3: comer alimentos saudáveis;

  • Dica 4: qualidade do sono;

  • Dica 5: cuidado com abuso do álcool.

3 dicas de Renato Cariani para uma boa dieta

  • Dica 1: taxa de proteína;

  • Dica 2: consumo de vegetais e frutas;

  • Dica 3: cuidado com o açúcar;

  • Dica extra: alimentação noturna liberada.

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