Com Portal Prudentino
Foto: José Cruz/EBC
Cada pessoa que vai realizar um investimento, tem um propósito. Mesmo que os objetivos não estejam muito claros inicialmente, há sempre uma modalidade de aplicação que vai se adequar melhor ao perfil do investidor e ao momento que ele está vivendo. Saber direcionar os recursos para os produtos certos, porém, nem sempre é tarefa fácil.
De acordo com o analista de Produtos de Investimentos e Seguros do Banco Mercantil, Daniel Oliveira, existem várias questões que devem ser analisadas na hora de buscar uma modalidade de investimento.
Entre elas, estão a condição de liquidez, o prazo pretendido, o tipo de remuneração e a qualidade do emissor "Essas questões, porém, devem ser analisadas sob a luz dos objetivos pessoais de cada um", diz.
Confira algumas dicas sobre como deve ser a escolha da carteira de investimentos:
Reserva de emergência
A reserva de emergência é aquele recurso que você tem para usar excepcionalmente, em imprevistos como perda de emprego, falecimento de algum familiar, problemas de saúde, uma obra urgente em casa, um equipamento que estragou ou foi roubado, entre vários outros incidentes.
De acordo com o analista, o ideal é que cada pessoa tenha guardado o equivalente a 6 a 12 meses da sua renda mensal, para situações desse tipo.
Segundo ele, não dá para arriscar em investimentos mais ousados, se a pessoa não tem ao menos uma reserva que pode ser resgatada no momento que precisar.
Neste caso, a indicação é buscar títulos de renda fixa pós-fixados e com alta liquidez, como os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) de liquidez diária, emitidos pelas instituições financeiras e o Tesouro Selic, garantido pelo Tesouro Nacional. Estas são opções que possuem baixo risco, uma rentabilidade maior que a Poupança, e uma alta liquidez, ou seja, podem ser resgatadas a qualquer momento.
Objetivos de médio prazo
Já os investimentos de médio prazo são aqueles que demoram de 1 a 5 anos para serem realizados. São indicados para quem já tem uma reserva de emergência e esteja planejando fazer uma viagem, trocar de carro, reformar a casa ou fazer uma cirurgia estética, por exemplo.
Nestas situações, existem produtos de maior rentabilidade, mas com prazos mais longos para resgate. Essas modalidades podem ter taxas pré ou pós-fixadas, que devem ser avaliadas de acordo com o momento atual da economia e a variação da Selic.
Para investimentos de médio prazo, títulos privados de renda fixa de instituições financeiras como CDBs, LCAs, LCIs e Letras Financeiras, com prazos mais alongados e sem possibilidade de resgate antecipado, são boas opções e oferecem ao investidor uma rentabilidade mais elevada.
Objetivos de longo prazo
Quando o investidor tem um recurso extra, que pode ser empregado em um investimento de longo prazo, recomenda-se optar por uma carteira mais diversificada, com uma combinação de ativos e liquidez variável. Este tipo de investimento é mais comum entre pessoas que buscam fazer uma economia para a aposentadoria ou para a faculdade dos filhos, por exemplo.
Segundo Daniel, o prazo é um fator determinante na escolha dos melhores investimentos, pois determina o grau de risco e a rentabilidade do produto. “Quanto maior o prazo, maior a rentabilidade, mas também maior a incerteza. Quanto mais risco, mais ganho”, pondera.
Daniel destaca, porém, que é importante sempre estar atento aos gatilhos de comportamento, para que a pessoa não comprometa a reserva de emergência ou os objetivos mais importantes ao longo do caminho.
“Nós sempre perguntamos ao cliente quanto tempo ele pode esperar para resgatar esse dinheiro e se realmente não há o risco de precisar deste recurso no tempo determinado, pois muitas vezes é preciso sacrificar prazeres imediatos pensando no futuro”, conclui.
Para estas situações em que a pessoa pode ousar investir em uma carteira diversificada, é importante que o cliente busque apoio de um consultor ou do gerente bancário, a fim de ter uma melhor orientação sobre as opções existentes. Os investimentos de alto risco geralmente envolvem ativos alternativos, como ações de empresas, fundos imobiliários ou até criptomoedas.
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