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SP dará bônus de R$ 100 por aluno a escola que bater meta de alfabetização

Com UOL

O governo do Estado de São Paulo lançou hoje um programa para melhorar os indicadores de alfabetização na rede pública paulista. Segundo a Secretaria da Educação, as escolas que alcançarem suas metas vão ganhar um bônus de R$ 100 por aluno matriculado.


O que aconteceu

A promessa é alfabetizar 90% das crianças da rede na idade certa até o final de 2026 — aos 7 anos, quando elas estão no 2º ano do fundamental. O programa "Alfabetiza Juntos" tem verba do governo federal.


"É superar o próprio limite", disse o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao explicar que as escolas competiriam consigo mesmas. Ao todo, o programa terá um investimento de R$ 500 milhões — R$ 200 milhões são para o pagamento de bônus, que é a verba do governo estadual.


O secretário da Educação, Renato Feder, disse que a meta será definida a partir do resultado do Saresp de 2023. "Com essa nota, vamos estudar escola a escola e estabelecer uma meta que pode ser de 15%, 20% de crescimento", afirmou.


Em novembro deste ano, os alunos realizam novamente a avaliação e o Estado confirma se a meta foi concluída ou não. Segundo Feder, as condições socioeconômicas também serão levadas em consideração.


Com o investimento federal, o estado vai apoiar os municípios paulistas na alfabetização, que são responsáveis por 75% das matrículas do ensino fundamental. Além de material didático, o estado vai oferecer formação de professores, aplicar avaliações e disponibilizar ferramentas digitais — Feder tem apostado na digitalização desde o início de sua gestão na rede estadual.


Cada prefeitura tem autonomia para escolher se vai aderir todas as frentes do programa ou apenas uma. As escolas estaduais que tiverem turmas nos anos iniciais também serão beneficiadas com o "Alfabetiza Juntos".


O programa foi desenvolvido pelo governo Tarcísio com a Associação Bem Comum, dirigida pelo ex-prefeito de Sobral, Veveu Arruda. A organização tem apoio da Fundação Lemann e do Instituto Natura.


O MEC foi representado pela secretária de Educação Básica, Kátia Schweickardt, e o presidente do Inep, Manuel Palácios. Na plateia, deputados, vereadores e prefeitos marcaram presença, além de especialistas na área — como a ex-presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Helena Guimarães.


Tarcísio admitiu que "erros vão acontecer", mas que o importante é o "entusiasmo e amor no coração". "A gente vai errar, a gente vai fazer besteiras, mas a gente quer fazer o melhor", disse o governador ao agradecer o trabalho de Feder na Educação.


No ano passado, o secretário passou por uma grande crise à frente da secretaria. Em agosto, ele decidiu que todo material didático seria digital e que não ia aderir ao PNLD — programa nacional de livros do MEC. Com a repercussão negativa, ele voltou atrás.


O que disseram no evento

A gente sabe que o melhor professor ainda não tem a melhor condição, não tem a melhor infraestrutura. A gente sabe que eles não têm o melhor salário, mas eles têm muito amor. E quando a gente for resolvendo as questões fiscais, eu tenho certeza que a gente vai conseguir dar para os professores o que eles merecem.Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo


Se o aluno fica para trás [no 2º ano], ele tem pouca chance para recuperar. A defasagem vira uma bola de neve. [...] A gente precisa endereçar como política pública a alfabetização.Renato Feder, secretário da Educação

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