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Estamos terminando 2021. Passamos 2020 e este ano confinados, amedrontados e desconfiados. Descrentes e decepcionados, não sabemos mais em quem acreditar ou em quem desacreditar.

Estamos começando a sair da toca como bichos, a quem faltou por muito tempo, nosso bem mais precioso: a liberdade de ir e vir.

Perdemos entes queridos muito próximos, perdemos pessoas que amávamos à distância, perdemos pessoas que pouco conhecíamos mas sabíamos da importância, perdemos celebridades. Cada pessoa que se foi deixou uma lacuna que só os que a amavam sabem definir. Chorou-se muito; medo,  espanto, pressentimentos, coração apertado, angústia, tudo nos acometeu nesses mais de 700 dias de pandemia.

E agora? No Brasil, parece que estamos no caminho certo: vacinação avançando, número de mortes e de contágios caindo consideravelmente. Medidas preventivas mais suaves. Continuamos a usar máscaras ou não? Hospitais com leitos desocupados; enfim, passou o flagelo?

Países do primeiro mundo estão sendo, novamente, assolados pelo crescimento dos casos de Covi-19. Como explicar tal fato? E o Brasil, também passaremos por isso? Ou nosso esquema de vacinação e adesão superou os países ricos? Bah! Pilhéria!

O Carnaval está mesmo liberado? Depois teremos uma nova onda de casos de Covid e as tão conhecidas críticas das autoridades que tudo ou nada sabem, sobre a falta de responsabilidade do brasileiro? Vale a pena liberar o Carnaval quando estamos começando a respirar um pouco melhor? Ou os casos diminuíram coincidentemente às vésperas do Carnaval? Como vamos conter as aglomerações nos bailes e seguidores dos trios elétricos?

Estamos vacinados, alguns milhares até com a dose de reforço; mas, e as dúvidas, as inseguranças quanto à imunização ou não, e a tão falada permanência do vírus com a necessidade de vacinação todos os anos. Os problemas desapareceram ou a necessidade de ganhar dinheiro com o turismo e Carnaval anestesiou a todos?

As aulas foram mantidas sob a forma online até pouco tempo e de repente tudo clareou, a segurança voltou e alguns discursos mudaram completamente o tom! Desculpem, mas ainda tenho receios!

Se pudesse faria uma campanha para que o Carnaval fosse suspenso em todo o país. Que as pessoas continuassem voltando à vida normal paulatinamente. Uma coisa são as viagens em família, reuniões em pequeno número, outra coisa é o Sambódromo em São Paulo e a Sapucaí no Rio de Janeiro, transbordando de sambistas, espectadores e turistas. Parece-me que é sair do zero ao mil em pouquíssimo tempo!

Os que propalaram o “Fique em casa”, impeçam o Carnaval, por favor! Ou, que Deus se compadeça de nós!

As festas de fim de ano se aproximam. As famílias já podem se reunir; sabemos, entre nós, quem já está vacinado, quem apresenta sintomas ou não. Poderemos fazer nossa ceia de Natal e estarmos juntos na virada do ano, sem exageros numéricos, sem muitas misturas humanas, mas com a fé e o amor em alta, pois devemos celebrar porque estamos vivos e com saúde. E quando o ano virar para 2022, que ainda estejamos juntos e gratos, desfrutando as férias de nossos filhos e netos, cada vez mais saudáveis e seguros; que não precisemos nos arrepender por exageros cometidos ou chorar por quem não soube esperar a hora certa para extravasar sua alegria.

E a vida segue, apesar de tudo e Graças a Deus! Dona Cegonha que não nos deixe mentir!

“Então, teremos aprendido que podemos manter nossos relacionamentos mesmo à distância, teremos sabido descartar quem não tem de estar em nossa vida, teremos assumido o quão vulneráveis podemos ser à mudança de hábitos e teremos ampliado e melhorado nosso sistema de valores.” (Autoria anônima)

(*) Aldora Maia Veríssimo – Presidente da AVL

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