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Veja como a deficiência hormonal prejudica o crescimento das crianças

Atualizado: 16 de out.

Médica explica sobre causas, sintomas e importância do diagnóstico precoce para o bem-estar dos pequenos - JP

A deficiência no hormônio do crescimento pode ser gerida com sucessoImagem: Pixel-Shot | Shutterstock


A deficiência no hormônio do crescimento é uma condição endócrina que impacta diretamente o desenvolvimento físico e estatura das crianças. Segundo a literatura médica, é uma doença considerada rara, pois atinge uma a cada 4 mil crianças no mundo.


Ela ocorre, principalmente, porque a hipófise (glândula na parte inferior do cérebro) produz pouco GH (growth hormone em inglês), o chamado hormônio do crescimento, causando baixa estatura, dentição atrasada e outros sintomas. Felizmente, com o diagnóstico precoce e o tratamento para a deficiência, é possível tratar e minimizar seus efeitos.


“A deficiência no hormônio do crescimento pode ter várias origens, desde causas congênitas, ou seja, já nascemos com ela, até lesões, infecções ou tumores na hipófise [glândula que produz o hormônio], doenças autoimunes e uso de alguns medicamentos, como corticosteroides de longo prazo”, explica a endocrinologista pediatra do Sabin Diagnóstico e Saúde, Pietra Luz Moleirinho Lima.


Sintomas da deficiência hormonal


Além da ausência de crescimento, outros sintomas também podem indicar a deficiência. São ele:

  • Baixo nível de açúcar no sangue ao nascer;

  • Falta ou atraso do desenvolvimento sexual na puberdade;

  • Voz estridente;

  • Cabelos finos.

Quando há combinação com outras deficiências hormonais, pode ainda ocasionar sede em excesso, urina em excesso e anormalidades faciais, que são mais raras.


O acompanhamento médico é importante para o diagnóstico da doença (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock)


Diagnóstico da doença


O diagnóstico da deficiência hormonal em crianças envolve uma avaliação clínica detalhada, análises de sangue e, em alguns casos, exames de imagem, como ressonância magnética. Um dos primeiros passos é observar se o crescimento segue os padrões. No primeiro ano de vida, por exemplo, a criança deve crescer cerca de 25 centímetros. Entre os três anos e o início da puberdade, de 5 a 7 centímetros por ano.


“O acompanhamento médico nesse processo de crescimento da criança é muito importante para identificar a deficiência hormonal de GH nos estágios iniciais, quando houver. Já, após o diagnóstico, é o médico quem poderá identificar a causa da deficiência e indicar o melhor tratamento”, orienta a especialista.


Exame de sangue para identificar a condição


Quando surgem alguns sintomas ligados à deficiência hormonal, o médico pode solicitar também exames de sangue que confirmem o diagnóstico. De acordo com a bioquímica e coordenadora técnica do Sabin em Manaus, Luciana Figueira, o teste é feito quando existe baixa estatura ou ausência total de crescimento a partir dos dois anos.


“O diagnóstico da deficiência do hormônio do crescimento é feito também por meio de exames de sangue para dosar os níveis de GH (Hormônio do Crescimento). O exame precisa ser realizado em jejum e sob supervisão do médico endocrinologista, que fará o acompanhamento durante todo o processo de coleta das amostras a serem analisadas. O resultado fica pronto em quatro dias úteis”, explica a profissional.


Tratamento para deficiência hormonal


A endócrino-pediatra Pietra Moleirinho destaca que “com o tratamento adequado, o que inclui a reposição com hormônio do crescimento, nutrição adequada e bons hábitos de vida, é possível minimizar os efeitos da doença e promover um crescimento adequado e saudável”.

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