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Menopausa, o Ômega 3 pode fazer toda a diferença


Normalmente a menopausa ocorre por volta dos 45-55 anos de idade. A idade média das mulheres tem aumentado gradativamente e deve chegar a 82 anos até 2025 nos países desenvolvidos. Portanto, aproximadamente um terço da vida das mulheres seria vivido após a menopausa.


A alteração hormonal está entre as principais mudanças fisiológicas associadas à menopausa. A secreção reduzida de estrogênio pode levar a várias alterações metabólicas, incluindo mudanças no metabolismo lipídico, aumento de gordura corporal e diminuição da massa magra, o que aumenta a suscetibilidade à obesidade e síndrome metabólica.


O ômega-3 exerce efeitos antiinflamatórios, cardioprotetores e sensibilizadores à insulina, o que o destaca como um possível aliado no tratamento da síndrome metabólica associada a menopausa. Um ensaio clínico randomizado brasileiro avaliou o efeito do ômega-3 sobre marcadores metabólicos e inflamatórios em 87 mulheres na pós-menopausa e com síndrome metabólica. Os participantes foram randomizados para receber Dieta individualizada (controle) ou Dieta individualizada + suplementação de ômega-3 (900 mg/dia) por seis meses.


Houve reduções significativas no IMC e circunferência de cintura em ambos os grupos (P <0,05), mas intervenção com dieta + ômega-3 foi associada a redução significativa na pressão arterial sistólica (−12,2%) e diastólica (−8,2%), triglicerídeos séricos (TG; −21,4%), resistência à insulina (−13,1%) (P <0,05) e IL-6 sérico (−28,5%) (P = 0,034).


O estudo conclui que a intervenção dietética associada à suplementação de ômega-3 pode auxiliar na redução dos TG, da inflamação, da pressão arterial e na melhora da resistência à insulina em mulheres pós-menopausa.


Uma dosagem maior (2-4g EPA + DHA) pode ser recomendada na hipertrigliceridemia, com evidências de uma diminuição de 25-30% nos valores de Triglicerideos. A dose e a população parecem ser fatores importantes para os potenciais efeitos antiinflamatórios do ômega-3. Possivelmente, indivíduos com risco de DCV (doença cardiovascular) e marcadores inflamatórios cronicamente aumentados seriam mais suscetíveis aos efeitos benéficos da suplementação.


Referências:


Tardivo, Ana Paula, et al. "Effects of omega-3 on metabolic markers in postmenopausal women with metabolic syndrome." Climacteric 18.2 (2015): 290-298.

Ko, Seong-Hee, and Hyun-Sook Kim. "Menopause-associated lipid metabolic disorders and foods beneficial for postmenopausal women." Nutrients 12.1 (2020): 202.


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