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Obeso e saudável. É possível?


As células normais se "autodestroem" sob certas condições, em um processo conhecido como apoptose. Esse mecanismo é extremamente importante, pois protege os tecidos do acúmulo de células com DNA danificado. Nas células cancerosas, o processo apoptótico é diminuído, o que leva a sua sobrevivência e replicação mesmo após danos genéticos.


Níveis elevados de insulina e inflamação sistêmica associados à obesidade promovem o crescimento celular e exercem efeitos antiapoptóticos. Portanto, no individuo obeso, há uma desregulação geral do crescimento celular e inibição da morte celular programada.


A inflamação crônica é reconhecida como uma característica do câncer. Várias condições inflamatórias são fatores de risco conhecidos para cânceres específicos, por exemplo, gastrite para câncer gástrico, doença inflamatória intestinal para câncer de cólon e pancreatite para câncer de pâncreas. Em particular, a inflamação crônica associada a obesidade é reconhecida como um estado que predispõe ao câncer.


Portanto, um padrão dietético anti-inflamatório e manutenção do peso adequado são imprescindíveis para o controle da inflamação e da insulina, melhorando os mecanismos de reparado e morte celular. Nesse contexto, regular o ciclo circadiano (como explicamos no último post) também é de extrema importância, uma vez que o sono adequado e a melatonina auxiliam no controle da inflamação e regulação apoptótica, além de impactarem a ingestão energética e regulação do apetite (essenciais para o controle de peso).


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