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“Quero ser doador de órgãos”; como formalizar seu desejo pela internet

Com Só Notícia Boa

Foto: reprodução/iStock


A partir de agora, qualquer pessoa que tenha o desejo de ser um doador de órgãos poderá manifestar e formalizar oficialmente essa decisão em um documento digital, pela internet.


A Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) pode ser solicitada no aplicativo “e-notariado” ou pelo site “aedo.org.br”. No documento, a pessoa escolhe qual órgão deseja doar, como medula, intestino, coração ou até todos.


Uma vez preenchido o formulário, ele é enviado ao cartório de notas selecionado pelo doador e dá início ao processo de registro oficial.


Médicos terão acesso à decisão 


Antes, só a família podia decidir sobre a doação de órgãos de alguém que tinha morrido por morte cerebral.


O problema era que muitas vezes eles não sabiam se a pessoa queria ser doadora.


Agora, com o registro eletrônico, os médicos terão acesso a esse documento e podem mostrar à família que a pessoa tinha vontade de doar.


Como funciona o processo 


Quando o cartório de notas recebe o formulário, é agendada uma videoconferência entre o doador e o tabelião para identificar o interessado e registrar a decisão.


Em seguida, eles assinam digitalmente a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, o que faz valer juridicamente a vontade do doador.


A AEDO será emitida digitalmente em qualquer um dos mais de 8 mil cartórios de notas do país.


Confira todo o passo a passo detalhado aqui.


Agilidade no processo


Mesmo com o novo sistema eletrônico, é muito importante que o doador comunique e converse sobre a decisão com os familiares.


Isso porque, conforme a lei brasileira, mesmo com essa formalização, o consentimento da família ainda é necessário para a realização da doação de órgãos e tecidos para transplante.


Também é importante destacar: se você tem um parente doador, respeite a vontade dele.


“Seja vida na vida de alguém”


A iniciativa marca a campanha “Um Só Coração: seja vida na vida de alguém”, do Conselho Nacional de Justiça e o Colégio Notarial do Brasil.


Segundo o Ministério da Saúde, 60 mil pessoas aguardam por um transplante de órgãos no Brasil.


Infelizmente, no ano passado, três mil pessoas morreram por falta de doação.


O novo sistema eletrônico pretende mudar essa realidade e deixar o processo mais fácil, rápido e seguro.

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