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Aluna de medicina da USP vira ré por golpe de R$ 192 mil em lotérica

Com G1

Foto: Reprodução/Globo


A estudante Alicia Dudy Muller Veiga, que responde pelo desvio de quase R$ 1 milhão dos fundos da festa de formatura de uma turma de medicina da Universidade de São Paulo, se tornou ré mais uma vez pelo crime de estelionato — desta vez, por obter vantagem ilícita de R$ 192,9 mil em uma lotérica na Zona Sul da capital.


Ela foi denunciada pelo Ministério Público após tentar fazer R$ 891 mil em apostas e pagar apenas R$ 891,53 — valor mil vezes menor que o efetivamente devido.

Segundo o MP:


  • Na ocasião, ela solicitou R$ 891,5 mil em apostas

  • Ela afirmou que estaria realizando transferências Pix para a lotérica

  • Quando o valor das apostas já totalizava R$ 193,8 mil, a gerente do estabelecimento constatou que Alicia havia feito apenas um agendamento da quantia

  • Desconfiados, os funcionários pediram o comprovante para a estudante

  • Ela, então, apresentou um extrato de transferência no valor de R$ 891,50 e saiu do local


A juíza da 32ª Vara Criminal da capital afirmou que há prova de materialidade e indícios suficientes de autoria por parte de Alicia.


A polícia acredita que o dinheiro usado pela estudante em apostas não pagas feitas no ano passado na lotérica da Zona Sul de São Paulo pode ter sido desviado da festa de formatura de Medicina da USP.


Golpe na USP

Anteriormente, o Ministério Público denunciou a estudante oito vezes por estelionato e uma por estelionato tentado no inquérito sobre o desvio do dinheiro. Ela é ré na Justiça pelo desvio do dinheiro.


De acordo com a comissão de formatura, na época que o caso foi revelado, a suspeita afirmou, por meio de mensagens no WhatsApp, que transferiu a quantia de quase R$ 1 milhão para uma conta pessoal.


A Comissão só percebeu o desvio no dia 6 de janeiro deste ano. Uma das vítimas registrou a ocorrência no dia 10.


No início de fevereiro, a Justiça não aceitou o pedido de prisão preventiva feito pela polícia contra a estudante. A decisão concordou com o posicionamento do Ministério Público, que entendeu que o caso se tratava de crimes de estelionato, não de apropriação indébita, como ela havia sido indiciada, e pediu que fosse feita uma lista com o prejuízo individual dos alunos.


Cada vítima teria de mostrar interesse em representar pelo crime.


  • Na apropriação indébita, uma pessoa recebe da vítima a posse de um bem de forma legal, se apropriando dele mais tarde de forma irregular.

  • No estelionato, a má-fé acontece antes da posse do bem e força a vítima a um engano.


Segundo apurado pelo g1, o Instituto de Criminalística analisou ao menos dois celulares, um smartwatch, cartões bancários e HD externo. Foram recuperadas conversas dela com conhecidos em que ela fala sobre os gastos e as mudanças de versões.


Quando o caso veio à tona, Alicia falou com conhecidos sobre a situação e mostrou nas mensagens um suposto arrependimento e disse que estava "vivendo o próprio inferno". Ela chegou a comentar sobre as tentativas de recuperar o dinheiro com apostas na Lotofácil.


O carro de luxo alugado por ela com o dinheiro dos alunos já foi devolvido à empresa em fevereiro.

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