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Viajar é preciso

Atualizado: 20 de jun. de 2023



Toda família conservadora segue uma receitinha de vida que garante, de certa forma, uma dose satisfatória de felicidade. Polêmicas à parte, a família tradicional a que pertenço, foi formada por um pai imigrante português honestíssimo e muito trabalhador e uma mãe talhada para o serviço doméstico, uma prendada dona de casa.


Apesar da pouca escolaridade de ambos, (meu pai estudou até o quinto ano e minha mãe só completou sua alfabetização quando eu comecei a dar aulas para adultos,) tendo ambos nascido em Portugal, tinham uma cultura invejável e valores inquebrantáveis. Dizíamos que a herança histórica medieval os preenchera a contento.


Minha mãe veio de Portugal ainda criança e meu pai aos dezoito anos de idade. As histórias contadas por eles sobre Portugal, a terrinha de além mar, os acontecimentos, as brincadeiras, o folclore, a religiosidade encantavam a mim e aos demais filhos. Portugal sempre foi visto por nós, os filhos, como a “terra prometida” que acabamos por incorporar aos nossos projetos de vida a longo prazo: conhecer a terra natal de nossos pais.


Portugal foi o primeiro endereço no exterior que meu marido e eu buscamos conhecer. Em 2006. Foi a realização de um sonho acalentado por muito tempo e que excedeu a todas as minhas melhores expectativas. Espanto, sentimento, saudosismo, orgulho, tudo misturado, somando-se à emoção de sabermos que aquele chão e aqueles sítios tinham sido palmilhados principalmente por meu pai.


Mas conhecer o Brasil também é necessário. As praias do sul e sudeste fizeram parte dos passeios de férias enquanto tínhamos filhos pequenos e adolescentes. Muito calor, muito sol, muita areia e um certo grau de stress resultante dos cuidados com as crianças em espaços estranhos. Mas a alegria era garantida e a expansão dos horizontes, literalmente, garantido.


Mas, o tempo é inexorável. As crianças cresceram e formaram suas próprias famílias, seus próprios sonhos, seus próprios roteiros de viagem e buscam, agora, conhecer os lugares de suas preferências, preenchendo de amor, aventura e conhecimento a vida de seus pequenos, assim como nós fizemos.


Voltamos a Portugal mais duas vezes e fizemos um pequeno roteiro por alguns lugares importantes do velho mundo. Mas, a idade não nos aconselha a viajar sozinhos; melhor fazer parte de grupos de excursão. E assim temos feito, objetivando conhecer outros lugares deste país tão privilegiado em termos de riquezas naturais. Temos viajado com o grupo de aposentados da A.A.P.P.V.


São viagens prazerosas, em muito boa companhia, por lugares que merecem ser vistos e desfrutados. Bons hotéis e bons programas culturais. Circuito histórico religioso de Minas Gerais, Circuito das Águas, Serra Negra, Campos de Jordão, praias do Sul, Bonito, Gramado, Caldas Novas, são alguns dos destinos oferecidos. Amizade, solidariedade, diversão, harmonia e muita paz. É disso que precisamos, quando já trabalhamos o tempo necessário para então colher o descanso e os prazeres mais suaves da vida.


Conforme os especialistas, entre eles o Professor José Milton Gonçalves, a expressão “viajar é preciso” não significa apenas ser necessário, como também é confiável, mensurável, possível, planejável e certamente pode e deve ser uma atividade de sucesso, para quem planeja e para quem desfruta. Então, “bora lá’, vamos conhecer o mundo!


“Uma vez por ano, vá a um lugar que você nunca esteve antes”. (Dalai Lama)


(*) Aldora Maia Veríssimo – Presidente da AVL

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